Texto “Linguagens em Arquiteturas Líquidas”

E tudo começou assim: o homem com um pedaço de pedra ou carvão, dentro de sua caverna contava sua história e a deixava para a “leitura” de outros.

Não devemos nos esquecer que até poucos anos atrás, a idade média do homem era de 45 anos, portanto, muito difícil o “passar de geração para geração”, vez que as gerações eram curtíssimas.

De retorno ao passado, que a idade média não deveria exceder aos 25, pois se não morresse por doença, morreria pelo ataque de animais ferozes, o tempo e a quantidade desenhada deveria ser pouca, e a história ficava com registros limitados.

Dos “elefantes” desenhados na pedra, fixos dentro caverna, assim como nos Flinstones, a escrita começou a circular, levando a informação pelo pequeno mundo existente na época.

Um dia, após alguns milhares de anos, ainda limitados por pequenas gravuras e textos, “alguém” inventou que no papel poderiam se colocar várias letras e palavras e poder-se-ia repetir aquilo tudo e fazer circular, verdadeiramente a informação, assim conseguiu Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutemberg ao transformar os enormes blocos usados na Europa em máquinas tipográficas, baseadas nas prensas da uva.

A partir daí, a necessidade do homem foi desmedida. O crescimento em rpogressão geométrica tanto da necessidade de informação, em forma de quantidade, como a de qualidade. Inserção de cores, desnhos, formas, milhares e milhares de textos, que ainda mesmo feitos à mão ou à máquina de escrever já revolucionavam o mundo.

Pronto, o computador chegou e “estragou” tudo. Isso mesmo, a velha máquina desapareceu, hoje, objeto de museu e com ele, a desnecessidade de ordenar os pensamentos para escrever ou formatar espaços.

É assim mesmo, à mão ou à máquina, tudo deveria ser pensando, repensado e formatado antes de se “digitar” (datilografar) a primeira linha, pois, não se poderia empurrar o texto para baixo e colocar uma figura, sequer uma frase ou palavra.

A revolução veio na forma em que, neste instante, ao escrever esta análise, me possibilita retorna e re-escrever, completar ou corrigir o que a memória me permitiu deixar há poucos instantes no “papel” (tela do computador).

O Gutemberg da era moderna, buscando uma forma de aumentar a velocidade e quantidade da troca de conhecimento, “inventou” um sistema para comunicar as universidades, há pouco mais de 20 anos, e assim viabilizar o tráfego de informação de excelência. Essa necessidade aumentou e cresceu de tal forma que a comunicação “ponto-a-ponto” deixou de ser suficiente. Nascia a Internet!!!

Com ela, aquela revolução havida com a mudança do desenho dentro da caverna, veio para o mundo cibernético. Mundo? Universo ou Galáxia, são mais ensejadores da verdade que revolucionou a informação como um todo. De tal forma isso se multiplicou que um método fácil para experimentá-lo podemos testar a qualquer instante.

Simples assim: Sente-se à frente de um computador conectado à internet. Digite, por exemplo, www.google.com.br. Invente uma palavra. Isso mesmo, INVENTE UMA PALAVRA e digite a sua busca.

Marque no relógio 15 minutos.

Constate que, após 15 minutos de vc ter digitado a palavra, já andou por tantos temas e leituras que, se essa palavra não estiver escrita em um papelzinho ao lado do mouse, você a esqueceu!

Tudo isso surgiu pela necessidade da quantidade de informação, onde mídias cada vez maiores e em espaços cada vez mais reduzidos, acumulam VIDA.

Há dias recebi um e-mail onde se descarregava de um avião o primeiro hard-disk chegado ao Brasil. Eram 3 geladeiras lado-a-lado com absurda quantidade de 5 Mb de capacidade, Hoje, andamos com pen-drives superiores a 20Gb no bolso da camisa ou preso às chaves do carro.

Nos dias de hoje, quanto nos referimos à hipermídia como ápice da integração entre formas de linguagem. Daqui há alguns dias, o termo poderá ser o “HIMEBLASUGITEMIDIA”.

É preciso explicar?

Postado por Bruna Marchi.

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